3.5.10

Para que cure precisa doer

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Geralmente o que cura magoa! Sabemos disto, achamos que nos queremos curar e até desejamos que venha essa dor dilacerante que cicatriza tudo por onde passa. Mas quando nos confrontamos com essa possibilidade, magoa tanto que percebemos que preferimos continuar eternamente doentes.

Ainda não se está no ponto de olhar de frente... prefere-se fechar os olhos e passar ao lado, porque olhar implica aceitar, aceitar implica perder as esperanças e em última análise desistir.

Na verdade já se desistiu há muito tempo só que ainda não se apercebeu!

[é só minha!]

1 cício

Plutoniano disse...

A dor para superar... Mas e quando a dor vem mas ela não cicatriza? Será que é realmente um "preferir ficar doente" mesmo, ou simplesmente não há a escolha de vencer a "doença"?

Boa questão... quando é que "decidimos" aceitar a realidade, quando é que fazemos uma escolha "racional"? E qual é a dor dessa decisão?

Qual a diferença da dor da esperança (eternizada numa possibilidade remota) em relação à dor da desistência, consciente ou não?

Será mesmo apenas uma questão de percepção? Desistimos mesmo, ou estamos apegados a uma esperança que também dói (e muito)?

Ficar doente de amor ou ser "curado" (dá pra curar?)? Qual escolhemos? Podemos escolher?

Ah, eu não sei... Confuso demais isso pra mim.

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